OUTROS OLHARES

Quero de ti sentir o que não é perceptível

O frescor que frui de enigmáticos desejos

Atingindo então o essencial de todo prazer

Quando então te observo com outros olhares

Na translação das vontades já intemporais

Pela pulsante vontade de deleitar-me em ti

Decifrá-la por tuas mais ocultas fantasias

Sem á angústia cortante dos desencontros

Na dança na trança desta insurgente trama

Fazer o elo entre tudo que de nós foi concebido

Entender que o que advirá pode ser o não vir

Encetando todos os resquícios das adversidades

Incinerando assim toda referta no fogo do novo

Não se preocupando com o que se deseje pontual

Plasmando assim novas concepções pragmáticas

Livrando-me assim do aljube das minúcias da distância

Pelo perene alento das esperanças no tempo contidas

Salvando-me da penumbra de meus medos interiores

Onde me perco em divagações que nunca irei desvendar

Desvendando assim todas as vontades em mim contidas

No intempestivo interlúdio de tua constante presença

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 05/06/2013
Código do texto: T4326874
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