OUTROS OLHARES
Quero de ti sentir o que não é perceptível
O frescor que frui de enigmáticos desejos
Atingindo então o essencial de todo prazer
Quando então te observo com outros olhares
Na translação das vontades já intemporais
Pela pulsante vontade de deleitar-me em ti
Decifrá-la por tuas mais ocultas fantasias
Sem á angústia cortante dos desencontros
Na dança na trança desta insurgente trama
Fazer o elo entre tudo que de nós foi concebido
Entender que o que advirá pode ser o não vir
Encetando todos os resquícios das adversidades
Incinerando assim toda referta no fogo do novo
Não se preocupando com o que se deseje pontual
Plasmando assim novas concepções pragmáticas
Livrando-me assim do aljube das minúcias da distância
Pelo perene alento das esperanças no tempo contidas
Salvando-me da penumbra de meus medos interiores
Onde me perco em divagações que nunca irei desvendar
Desvendando assim todas as vontades em mim contidas
No intempestivo interlúdio de tua constante presença
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