Chamado de Amor
Minh’alma às vezes clama por um verso,
Quem sabe d’onde ele deriva, quiçá dos ventos,
Das brisas que brincam pelos trigais, da prece,
Dos alados corcéis, enfim é da poesia!
Ao abrir os olhos vejo que noite já é alta
Em seus mistérios e palavras que navegam
Pelo estrelar da voz, do som dos botequins
Invadindo cada entrelinha dedicada ao sentir!
Após o crepúsculo e o silêncio nos ninhos
O corpo em seda esvoaçante versa
Entre as pétalas de outono trazendo para o olhar,
Um doce segredo que se guarda no peito, seio sereno!
Cantos encantos, música para se ouvir
Num beijo de lua, ao valsar das tulipas
Logo ali, no jardim de todos os Éden’s
Orvalhados pela estação, pranto imensidão!
Dos poemas caucasianos sublimou
O sentimento, uma oitava de lá maior,
Tudo rabiscado em um soneto prosaico
Inundado de paixão e chamado de amor!
04/05/2013
Porto Alegre - RS