Primeiras nuvens

Quando as primeiras

nuvens saírem,

já dourada estará a manhã,

abertas as flores, quente o sol.

Então eu não mais te amarei.

Não como antes, daquele amor

ofegante que deixava o

meu coração preso a grilhões.

O tempo será manso, assim

como meu sentimento por ti.

Não haverá mais o desespero

da espera, a angústia da partida.

Eu estarei em paz

e não mais verterei

lágrimas por ti.

O teu sangue, então,

já não correrá mais

em minhas veias, feito

a lava quente

da paixão que me consumia.

Haverá em mim a

tranquilidade do poente

quando o sol desmaia,

sutilmente, no mar.

Poderei ouvir canções

de Chico sem me desesperar.

Estarei livre como os

pássaros que visitam

o meu jardim.

Quando as primeiras

nuvens desabrocharem

no céu límpido, não mais sofrerei

por ti.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 04/06/2013
Código do texto: T4324767
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