Dedilho esse véu silente
entre os dedos mornos banhados em sonhos
e essa crente alma,
sobremaneira encantada...
e essa crente alma,
sobremaneira encantada...
Tateio-te na fímbria da noite,
e nas palavras timbradas
deixadas aos pés dos poemas
e nas palavras timbradas
deixadas aos pés dos poemas
Enrosco-me na tua presença,
nessa fala adocicada
que a tua boca amante carrega...
nessa fala adocicada
que a tua boca amante carrega...
E desafio o teu peito à entrega,
ao brado às margens do precipício,
que te seduz e te sorri,
dentro dos meus olhos de menina
ao brado às margens do precipício,
que te seduz e te sorri,
dentro dos meus olhos de menina
Posto que ainda guardo
as réstias do teu laço
nas aljavas do meu recato
Posto que ainda aguardo
o teu encaixe perfeito
nessa artéria febril
e pulsante dos meus abraços!
nas aljavas do meu recato
Posto que ainda aguardo
o teu encaixe perfeito
nessa artéria febril
e pulsante dos meus abraços!
Denise Matos