Estes meus versos, AMADA!

Não te dou estes versos para o agora,

Amada!

Não os dou para contemplares

O meu imenso amor que deságua sem rimas.

Não é por agora que dou-te versos de amor,

Amada!

Não darei-te em métricas

O que me preenche em milhas sem fim.

Não é para o agora que te dou versos musicados,

Amada!

Não busques a cadência falsa

Dos hiatos de silêncios entre as palavras.

Portanto, te peço com absurda súplica,

Amada,

Guarda-os nas reentrâncias dos teus dias,

Entre meus beijos e anseios que não vierem a ti.

Daqui alguns anos, pode ser que te lembres,

Amada,

Deste ajuntamento de palavras

Desfeito da pressa do agora.

Quem sabe te remoce o amor,

Amada,

O amor desvencilhado das franjas dos dias

Que de tudo fez para te abraçar no futuro.

Não evidencies meus versos agora,

Amada!

Agora é o momento de buscares

O que neles não encontrarás.

Paulo Pazz
Enviado por Paulo Pazz em 31/05/2013
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