Meu anjo
Vida se renova todo dia
A paz se constrói diuturnamente
Amor não se cultiva aos trancos
Quando vai embora o faz num único repente
A caminhada é luminosa
Quando o amor supera as desavenças
Restrito, o ódio sucumbe
Dissolvido na eira das lembranças
Posso dizer o que foi meu mundo
De um rádio e um televisor eu vivia a vida
Solidão: freqüentemente batia as portas
Após desmaios, retomar o passo, reerguer bandeiras, ponto de partida
Solidão... companheira inseparável
Era raro ver pessoas sorrindo
Vontade de vagar... enorme
Eu, meu ser e a existência partindo
“Louco...vai dormir que dá mais certo!”
Mas em meu leito inesperadamente um anjo brotava
Em sonhos ele brincava, acarinhava minha alma
Na manha seguinte eu ressuscitava.
Num desses dias tive um sonho
Meu anjo me auxiliava erguer de um abismo
Caminhei por entre luzes, pedras e fogo intenso
Ate chegar num mundo apinhado de lirismo
Caminho de luz
Um ser iluminado dava boas vindas
A penúria de outrora... nunca mais
Foi assim que meu anjo partiu.
Manoel Cláudio Vieira – 29/05/2013 – 03:21h
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HP médica-neurologia