MEUS VERSOS MEUS DELÍRIOS
Aqui, escrevendo em versos, meus segredos
Contando os meus sentimentos e problemas
Lá no fundo estou falando de meus medos,
Às vezes pisando títulos; saindo dos temas
É meu jeito de fugir da já eminente demência;
A loucura que quase me controla; amor demais
Sem pensar e calcular, filosofar e sem ciência
É só amor desmedido, nem menos nem mais.
Tanto amor que me levou a nada
Lugar sem fim, ou a lugar nenhum,
Mas amor é como chocolate ao rum
É doce é bom é leve, mas embriaga.
Assim vou escrevendo o caminho
Vou só e com esse nó que aperta
Todavia não é ruim estar sozinho
Basta pensar em cidade deserta.
Mas cumpro meus compromissos
E já posso de vez em quanto, sorrir
Embora prefira os meus sumiços
Também nunca tenho pra onde ir!
Oculto-me em versos e pensamentos
Nos porões sombrios; minhas prisões
Lapso do tempo de meus momentos;
Labirintos de sentimentos e emoções
Contudo em instantes de etílica tontura
Que tanta amargura não dá pra segurar
Clamo... Eu te amo! Eu te amo!
Mas tu não ouviras, então pra que gritar?
E em alucinação dizer, ou orar
Deus me leva e cala essa dor,
Ou me devolva à vida; meu par!
De que me adianta tanto amor?!
Há dias, aqui, em meu casebre
Delírio e febre, tristeza e comoção
Saudade sem fim, dor não quer calar
Copo na mão, algumas doses de gim
Escrevo assim e ai tudo vai passar...
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maio/2013