A Debutante
Maria, a debutante de olhos fulgorosos
Tal esplendor já radiante em tão nova idade
Posso eu me julgar alguém grandioso
ao ponto dos seus olhos, porteiros de sua febrilidade
me notarem nesta noite de outubro?
Maria, a debutante do sorriso fervoroso
Deitada em um jardim de rosas a vi
ou será que me enganei e não percebi
Já que a cada palavra proferida por ela
por um momento me deixa nervoso?
Posso eu, para a debutante me declarar
revelando o meu segredo de lhe amar
ou apenas lhe darei parabéns
Por medo de sua pessoa me rejeitar?
Então, Maria debutante
nesta noite, é de sua livre escolha
deixar-me, aprendiz do trovadorismo
na solidão cínica da noite
ou dentro da tua vida
Para que teu coração me acolha
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