De repente,
As mãos encontram-se
Tremendo sozinhas
No meio da noite
Quase podendo tocar-te
Tremendo
Por desejar-te
Mas tu estás tão ausente
Se bem estejas tão presente!
E o espaço se faz imenso
Volteia no ar minha chama
No teu encalço
... Mas não te alcanço!
Escuta o coração lancinante
Dizer-te secretamente
Espero-te!
Vem, meigo e doce,
Fazer-me vibrar
Fremente
Corda de violino nos teus braços;
Sê o arco que me faz gemer
De prazer
E gritar delirante
As palmas das minhas mãos
Dão por si tão de repente
Vazias de ti,
Tremendo.