Letras 0008 - Ao encontro do amor

Deveríamos chorar mais vezes com olhos de beleza,

falar do amor com a boca de paixão,

elevar os pensamentos a um ser maior,

vertendo idéias e não rogando aos deuses.

Aos que surgem hoje, o medo,

volto às costas ao ontem,

deixo que as ondas quentes invadam a terra,

dos bosques, das enchentes que fluem a razão.

Pareço um louco falando do amanhã.

nada direi dos homens,

todos nus entre paredes frias de concreto,

como tuas almas dentro de um copo inútil e vazio.

Quero um dia ser como os iguais,

caminhar lado a lado,

carregar sobre a cabeça a luz do dia,

como o brilho do rio na hora do batismo.

Voltarei a sonhar com os olhos da mulher amada,

o sal da pele dividindo nossos corpos,

é quando me perco entre as dobras, as tuas,

da vida, dos desejos, meu e teu.

Existem linhas entre o homem e teus deuses,

apenas os sentimentos sabem o caminho,

os mais puros, não os mais ricos,

os mais sinceros e não os mais bonitos.

Meu corpo é outra vez matéria,

por algum tempo, até um dia de luz,

até o sol subir e descer milhares de vezes

ou minha alma reencontrá-la para o nosso eterno.

30/03/2007

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Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 30/03/2007
Reeditado em 01/04/2007
Código do texto: T431494
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