O AMOR QUE TEMOS UM PELO OUTRO

Luto para que as garras do desterro

não me abrace como se quisesse

me devorar, e derreado não me

veja prostrado em meu viver.

É até possível que me veja sentenciado por

nada ter feito, a não ser por ter amado

demais, quiçá por isso quiseram usurpar o meu

trono inabdicável, mas ele sempre terá um nome...

Implacavelmente, a inveja e a infelicidade

que convivem essa plateia acharam no direito

de tomar as rédeas do pleito, e assim minha

resistência foi minando e hoje respiro o abstrato.

Eu não sei porque tanta maquiagem para

preparar um engenho postiço, não sei a razão

de demonstrarem tanto desvelo se tudo não

passou de artifício para enganar os tolos...

Passe o tempo que for prescrito, sei que vou viver somente

com as estações do ano, que vou brigar com

meu travesseiro e de saudade vou gritar

o seu nome, mas uma coisa ninguém

pode nos roubar, o amor que temos um pelo outro.

Wil
Enviado por Wil em 28/05/2013
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