TER VOCÊ...
O que escrevo é parte do que sinto
Não sei se perco ou venço
Mas não omito e não minto
Sou exatamente o que penso
O amor não pode ser só sentido
Ele deve ser experimentando, vivido;
Sinto necessidade de viver o meu escrito
Intensamente como se fosse requisito
Para afastar o fantasma
Que já se tornou miasma,
Assombrando com covardia
O meu paradoxo dia a dia...
Fico embriaga pela vontade
De transformar sonho em realidade
Preciso romper espaços
Mesmo que a custa de espasmos
Tenho fome do que me consome
Tenho sede do que nem sei o nome
Tenho necessidades viscerais
Que só serão saciadas com seus “ais”
E assim sigo meio distante
Das minhas convicções
Como se todo o restante
Fossem apenas convenções
Das quais fujo arredia
Na crença tardia
De que amar é remédio
Para curar qualquer tédio
E já descobri o porque...
É só pra junto de mim ter você!