Devaneio

Deixa-me contar-te apenas

que te amo como as longas tardes

de verão; Como as frias manhãs de inverno;

Como quem tem na mão o bater do coração;

Deixa-me contar-te apenas

que és a chama que me aquece e arrefece

este meu corpo instável e inquieto

coberto pela sombra das cinzas que espalhas

pelas ruas por onde passas;

Não sei onde andas, onde tens andado,

onde estás, ou até mesmo, quem te levou...

Ah! Deixa-me contar-te apenas

que és uma miragem do além;

Que não te conheço e nem sei quem és:

- És alguém que andas perdida, e eu não sei!

Diogo Camacho
Enviado por Diogo Camacho em 25/05/2013
Reeditado em 25/05/2013
Código do texto: T4309144
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