NÃO ENTENDO

Não entendo bem dessa entrega

ao silêncio,

desse medo dominante e desconcertador,

que acaba te arremessando

aos trilhos do desalento.

Não entendo bem

dessa mudança brusca, repentina,

desse arrebatamento de pensamento,

todo ele descabido e sem sentido.

Não entendo bem dessas lágrimas,

desse aparente estado sofredor

com requinte de dor,

como queres que eu entenda.

Não entendo bem dessa razão

que diz que tens,

sua descrença seu desamor,

se ontem o horizonte era promissor.

Não entendo bem dessa

falta de sintonia aos meus

chamamentos,

mesmo nesta distância fria.

Revele-se para nossa vida

ela exprime brilhantismo,

não te escondas atrás

das colunas do que não aconteceu.

Exiba-se para esse amor

ofertado pelos deuses,

ele ainda não morreu.

Não vamos silenciar

este sentimento airoso,

que incrementa o nosso

privativo mundo...

Wil
Enviado por Wil em 16/08/2005
Código do texto: T43075