ET VELATA
Saudade que me dá logo
É quando não lhe reconheço em mim
Eu junto minhas mãos à cabeça
A fim de amainar minha loucura
Mas, mais é pensar
Que é intrínseca à minha alma
A esperança de adiante achar
Seu amor e minha calma
Saudade que me aquece o corpo
E me faz tremer doendo
Como se o que nos mantivesse
Me estivesse corroendo
Mas, minha esperança é grande
Do tamanho do seu coração
Que me guarda dentro d`alma
E me tenta à cética paixão
Saudade em mim que não apaga
É chama branda na sua presença
O meu remédio que nunca acaba
É o princípio da minha doença.
Enfermo ao fim dos tempos nossos
Que acabe a vida e não você
Enquanto há vida no seu corpo
Nada há de morrer
Saudade que me dá logo
Afronta minha mente calidoscóptica
E monotonia de teu nome
Me dá na antes caótica
Cura? eu não quero tão cedo
Perder você? tenho medo
Nos postamos ao abismo
Às escuras: amamos em segredo...