TOADA


Segue a vida sempre nessa toada.
Ama, desiste, desentende-se.
Briga, aceita, perdoa e continua amando.
Erra tenta acerta persistindo.

Amor amigo, irmão fraterno, bandido,
Que machuca faz doer é desejado.
Saber ganhar ou perder é conflitante.
Não fosse essa toada que seria?

A vida inteira procurando o outro
Na falta que faz de vez em quando.
Se na realidade é ternura nas
Horas dos encontros fortuitos.

Ah toada, continua na canção, fala, melodia.
Você nessa toada lenta e progressiva
Faz gemer o chamado coração.
Eu sem você, você sem mim, domina.
O tempo torna-se culpado das faltas.

Nessa toada preocupa-se com indagação
Perniciosa e permeia-se curiosamente.
A bondade disfarça em sorrisos vastos
Na toada abençoada pelos amantes felizes.

 

Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 24/05/2013
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