CONFISSÃO

Não! Não me julguem

por ter sido desprezado,

não digam que meus

olhos vertem dor

em lugar de lágrimas.

Não digam que em minha

face vive estampado

a saudade de minha amada.

Não contestem meu isolamento,

nem por estar adormecido

nos braços do quebrantamento.

Não observem este

meu estado de confinidade,

por ter me entregue

ao amor simulado de alguém.

Não tentem divisar

o que se encontra latente,

este meu palpitar, como se

fora um pedaço de pano roto

agitado ao vento.

Não imaginem que sucumbi

no dilúvio de uma paixão,

que fui vencido

e que não mais renascerei.

Não considerem o meu agora,

esta indolência,

como sem defesa

só porque demonstro

que amei,

que tudo passou,

saibam, eu ainda amo...

Wil
Enviado por Wil em 16/08/2005
Código do texto: T43072