filho da...

como me proteger do teu beijo

se onde quer que vá o desejo?

pra quê fingir que não te procuro

e prosseguir bem mais inseguro?

pra quê esconder as dores no armário

e apurar depois o inventário?

se febre alta é minha invenção,

pra quê culpar o meu coração?

se a plantinha não foi regada,

posso dizer que fostes culpada

pois não levastes ela contigo?

e o que dizer da minha conduta

se não sou mais que um filho da luta

que desde então eu travo comigo?

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 24/05/2013
Código do texto: T4306205
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