O Luar
Tão prateado vens brilhante o luar.
Enciumante apaixonante a inspirar.
Com tal glamour de Norte a Sul, a iluminar.
Ó céu azul; quem serás tu sem o luar?
Quem é o amor se ter da lua o labor.
Paira valsante entre as flores e cascatas.
Realizando magnânimas serenatas.
Vem poesia, com maestria, beber nesta taça.
Luar tão belo; tão amável, e tão sincero.
Como o lírio, puro e singular.
És poesia, és encanto, és mistério.
É um poema, de amor puro e eterno.
Luar tão meigo, do poeta doce aconchego.
Dos violeiros, a canção o chamego.
Estais presente nas declarações e nos segredos.
É cancioneiro seresteiro e cheio de enredos.
Dengosa e perspicaz, lúcida e pertinaz.
Em galhardia efusiva se compraz.
Atraído pelas preces, fulgentes e magistrais.
Luar imponente, poesia eloqüente coerente e audaz.
Autor: Roberto Carlos Néri do Carmo
Castro Alves-BA 23/05/2013