Doente Saudade
Sabes, Amor, amargo nos meus sonhos
Encerrados de martírio de saudade,
Onde a tua imagem santificada de veracidade,
Fulge em raios benditos, risonhos.
“Quem sabe ela virá no fim da tarde,
E despertará, assim, estes meus olhos tristonhos.”
E já nem sei, se minha alma e eu somos
Aquele antigo e grandioso estigma de felicidade!
Se a essa hora cheia de dolência e desespero
Morto e lasso, sem ânimo me vejo
Com minha alma lívida e quebranta a chorar,
Clamando ao nada pela tua presença...
Pela tua doce, magna essência,
De minha saudade doente curar...