ALMAS DO MUNDO
Somos almas voluntariosas e agitadas
Enrustidas em uma capa de serenidade
Que viaja pelos muitos caminhos da vida
Deixando um rastro sempre transformador
Mas dentro de nós quantos desejos contidos
Buscados muitas vezes em vãos e nesgas errados
Que nos pareciam às vezes as respostas certas
E assim em algum momento nos encontramos
Tal quais duas almas perdidas e soltas
Espíritos carentes necessitados de ar
Do oxigênio banhado pelos sonhos
Para reinventarem a vida com paixão
Dois rios caudalosos que se uniram no mar
No encontro das marés e ávidos se juntaram
Lentamente apesar do encontro entenderam
Que ou se enlaçam ou se anulam para sempre
Pela intensa força de cada um em seu curso
Como gostaria que tudo fosse diferente mas não é
A força da natureza da vida entorno de cada um
E assim para que nos unamos precisamos separar
O inexorável limite dos limites das origens
Pela intensa vida paralela de cada um de nós
Que nunca poderão ser anuladas ou alteradas
Mas apenas e só respeitadas e administradas
E se desejamos viver o possível esqueçamos o resto
Que na verdade é nada diante de tudo que sentimos