SONETO IV

Estou tentando te esquecer, juro!

Por favor, só não se aproxime demais.

Logo agora que me sinto seguro,

Mesmo eu resistindo e não dando sinais.

Já nem sinto o perfume dos seus cabelos,

Não gaguejo mais nas palavras ao te ver,

Tampouco me pego a lembrar dos seus beijos,

E sem seus abraços, tento não enlouquecer.

Você, que simplesmente sabe o que sinto,

Despoja meu amor, elevando meu sofrer,

E eu, ébrio e humilhado, apenas consinto.

Espero que o tempo possa te amadurecer.

Te desejo até, que de amor nunca sofra.

Pois sofrer assim como eu, é melhor morrer.

Eber Fonseca
Enviado por Eber Fonseca em 21/05/2013
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