SONETO IV
Estou tentando te esquecer, juro!
Por favor, só não se aproxime demais.
Logo agora que me sinto seguro,
Mesmo eu resistindo e não dando sinais.
Já nem sinto o perfume dos seus cabelos,
Não gaguejo mais nas palavras ao te ver,
Tampouco me pego a lembrar dos seus beijos,
E sem seus abraços, tento não enlouquecer.
Você, que simplesmente sabe o que sinto,
Despoja meu amor, elevando meu sofrer,
E eu, ébrio e humilhado, apenas consinto.
Espero que o tempo possa te amadurecer.
Te desejo até, que de amor nunca sofra.
Pois sofrer assim como eu, é melhor morrer.