QUIÇÁ EXCITANTE...
Amanhece, o sol ainda tímido vai
aos poucos se exibindo, e no seu acontecer
deixa de lado seu pudor e ao desnudar-se, exibe
seu calor que faz evaporar o orvalho da noite.
Depois de instalar-se faz questão vez ou
outra, de trazer em seu cerne tantas coisas
inesperadas, algumas vezes chuvas, outras frio,
mas insinuar sobre a saudade ele nunca se esquece.
Saudade! Talvez de uma amizade desaparecida
no tempo, da vida que é um sonho e tão leve
que acaba se desfazendo como a neve, como o
dissipar das horas que depois passa a nos pungir a alma.
Eu também vivo uma saudade, daquelas
que perturba, enfeitiça, sou nesse caso
questão fechada que nem o astro do dia
consegue fazer cessar como faz secar as
flores mais viçosas.
Depois de tudo vem uma nova noite,
esperada por pensar ser ela compensadora
de todo um dia fatigante, quiçá excitante para
esquecimento dos cruentos pensamentos...