Tarde Demais!
Vida? É, posso dizer que ainda tenho-a.
Mas a essência? Aí já não tenho nada a dizer,
Nada de belo, ou aliviante, que faça enternecer
Essa mágoa profunda e medonha
Que sangra o meu peito sem eu ver.
Carrego-a mesmo assim com a face exausta e tristonha
Segurando meu coração que com teu colo sonha
E que nem pensa em um dia te esquecer...
Mas talvez, um dia, quando a luz ungir-te,
E tu estiveres magoada e triste,
Irás ver o amor que deixaste para trás.
Então, andarás os mesmos caminhos tortuosos,
Para buscar a resposta nos meus olhos...
Mas já será tarde demais!