Mate-me, por favor.
Enganos corriqueiros.
E estamos de volta ao ponto de partida.
Subita magoa no fundo do peito
Aquela conhecida vontade de chorar.
E descobri que até que gosto disso.
É a parte onde tudo faz sentido.
Onde tudo é certo.
E amanha o dia será mais claro
mesmo com tantas nuvens negras.
Amanha não haverá questões
ilusões, esperanças demais em algo abstrato.
Amanhã tudo serão fatos
E certezas de que não há nada por vir.
Já passou o tempo da espera.
Agora estamos de volta ao tempo da miseria.
De contemplar o vazio
do teto
do peito
dos sorrisos quentes
que não foram feitos para os meus olhos.
Por favor, agora mate-me.
Já tudo esta certo.
E acabado.
Mate-me, por favor.
Deixe escorrer até a ultima gota.
Deixe sangrar e arder o dia inteiro.
Que Deus salve a rainha,
mas devolva nosso dinheiro.