Sons do Silêncio
Sons do silêncio
Quando os caminhos se fecham e rua se estreita na penumbra dos sonhos.
Os sinos dobram diante da formosura daquela por quem o coração descompassa.
Descompassa no clarão do dia, na escuridão da noite.
Escura de ilusões e sonhos que embrenham pela noite seguindo passos no
Breu da vida.
Quando a lua se rebela sobre os olhos e o querer.
Quando a noite nega a luz contemplo as mãos calejadas.
Das escavações de tuneis, em busca de sonhos cravados nas rochas de desenganos.
Cicatrizes do tempo.
Lampejos no pensamento.
Rosas embriagadas perdidas sobre os escombros de sentimentos.
Quando as ondas do coração se quebram em pilares de lembranças.
Quando não se tem as mãos o gosto do beijo no sal da vida.
O tempo teima em não descansar sobre as sombras que a vida concebe.
O abismo incólume separa sobre o leito muitas histórias.
Rosas odores memórias.
Quando o sol desponta tímido afugentando a saudade.
O pensamento acorda para dar luz à vida que renasce das cinzas.
Esperança se ergue lentamente entre mares de solidão.
No clarão da aurora aves ensaiam as primeiras canções.
No romper do dia pensamentos vasculham memória
embebedando com o doce vinho do néctar da boca.
Nos passos da lembrança ouvindo sons do silencio persegue mais um dia.
Amantino Silva 16/05/2013