DUETO COM ADRIANA. III

Sim, estavas perto
E eu, nada esperto,
Não captei vontade tua:
Para além de amizade
Querias entrega na totalidade:
Doce, inteirinha e nua.

Minha limitação me soa estranha:
Inconfundível odor de tua entranha,
Anunciando os desejos,
Custando a ser percebido,

Até o ato mais que desinibido:
Total, me salivaste em beijos.

Frente a mim sentada,
Pernas em pose estudada
Desvenda nesga da calcinha.
Inconsciência, então removida...
Dentre todas, muito querida,
Fazes-te hoje completamente minha.

Sorvo a seiva irresistível que me ofereces,
Bebes-me ao ponto em que desfaleces,
E nos confluímos para o idílio carnal.
Alma e coração, somos nós dois
Nunca esquecidos de que depois
Insaciáveis, compomos um dueto animal


Interação de ADRIANA D SACCHETTO

O detalhe da calcinha
Não foi por vontade minha,
Aconteceu por acidente.
Eu queria mesmo te agarrar
De beijos te lambusar.
Fiquei nervosa, era inexperiente.

Lutava para te seduzir
Sem jamais conseguir,
Eu, uma adolescente
Não sabia manejar
A arte de conquistar,
Fiquei nervosa, temente.

Até então só me vias
Como a musa de poesias
E eu queria bem mais.
Eu te queria todo para mim
E só daquele jeito, enfim
Eu consegui e não te deixo jamais.

Mulher para te namorar
Tinha que ter 18 anos
Ou estar perto de alcançar.
Sofri muitos desenganos...
Naquele momento então
Não controlava o tesão
Que trazia escondido,
Por isso o gesto atrevido.

Sou tua feliz namorada
Muito bem realizada
Mas sei que tu escapas
Para outras aventuras,
Mas voltas fazendo juras
E eu não te recebo a tapas.

Tempo pela frente
Para te fazer gemente
Eu tenho até sobrando.
As outras são passageiras,
Pois continuarás fazendo besteiras
Mas com força me amando.
Alfredo Duarte de Alencar
Enviado por Alfredo Duarte de Alencar em 16/05/2013
Reeditado em 30/09/2013
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