VERSOS DESNUDOS
Desejo um amor que caiba em meu peito
que não tenha excessos e nem escassez.
Um amor que compreenda este meu jeito
de ser mulher, de menina, que só eu sei.
Quero a tranqüilidade de um amor sadio,
que tenha confiança e que seja aconchego.
Sem ciúme exagerado, mas que não seja frio.
Que me abrace forte quando eu sentir medo.
Um amor que fite bem dentro dos meus olhos
e neles descubra meus mais íntimos segredos.
Que me faça transpirar a paixão pelos poros,
e cale os meus apelos com seus ardentes beijos.
Amor onde eu sempre possa reclinar a cabeça,
e entre carinhos como uma menina me aquietar.
Depois novamente como mulher me enlouqueça.
Ai! Eu e a mania de em meus versos me desnudar.
E continuo aqui me tornando mais transparente,
desejando um amor que seja como água e fogo.
Água para saciar-me e não tornar-me carente,
em contrapartida, fogo para atear em meu corpo.
Confesso, não quereria escrever nada acerca disto,
mas a inspiração me possui e dela me faz refém.
E menciono que é sempre assim que me complico,
pois este poema já está destinado a certo alguém.