PÉTREO DESEJO
Queria toda á flanância de teu restrito tempo
O que me deixaria repleto de tua solar presença
Sanando assim todo esse vazio de insalubre distância
Tornando exíguo então esse sofrimento conspiratório
Sem uso de aforismos diletantes no que tange ao querer
Aflorando o pétreo desejo de um querer intrínseco ao teu ser
Um querer que nasce e frutifica de maneira incontornável
Pela desinfecção de tudo o que não seja em si por si pleno
Conciso peremptoriamente em seus permanentes objetivos
De maneira incontestável e perceptivelmente florescente
E os frutos futuros serão mais e mais que exeqüíveis
Posto que frutifiquem em solo adubado por visceral amor
Plantado pelo acaso de um conhecer-se indubitavelmente
Onde resplandece ininterruptamente íntima primavera
Longe dos abismos e labirintos de tolas estações idas
Pois o passado em nosso presente não mais reverbera
E o presente pulsante em todos nossos instigantes instantes
E nele vivo perpetrando em mim todos os matizes de teu amanhã
Todas as dimensões de tua feminina tridimensionalidade
Todos os mirantes de teus fúlgidos e sedutores olhares
Onde reside toda minha indelével concupiscência
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