SUPÉRFLUO

(Para minha esposa Elisa)

Mulher, sou um nada sem tua existência...

Sou uma poça d’água brilhando

Um brilho inócuo emprestado e vão,

Sou um grão de palha voando

Arremessado na contramão...

Sou um perfume que ninguém inala

Amontoado de palavras sem fala,

Sem você pra me blindar sou indefeso,

Represento um vazio pra você

E, sem você em mim eu sou coisa oca...

De tua alma sou apenas cúmplice,

De tua doce vida sou animação,

Para teu espírito nobre um peso morto

Em termos de gozo para seu corpo,

Sou uma efêmera masturbação.

Rocha Poema
Enviado por Rocha Poema em 15/05/2013
Código do texto: T4292038
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