Permita-me
Permita que agora eu feche meus olhos
pois estás tão perto mas não te alcanço
apenas minh'alma pode tocar-te enfim
e nas brumas do vento vislumbrar-te
Permite que agora eu emudeça
que me alimente da tua saudade
há um nó travando a garganta
e há uma certa sinfonia no silêncio
Permita que eu volte meu rosto
para um mundo paralelo á este
onde tu'alma encontra a minha
e apenas nele é lícito te amar
Sol Lopes
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Uma singela inspiração no poema "Serenata" da doce Cecília Meireles