Permita-me

Permita que agora eu feche meus olhos

pois estás tão perto mas não te alcanço

apenas minh'alma pode tocar-te enfim

e nas brumas do vento vislumbrar-te

Permite que agora eu emudeça

que me alimente da tua saudade

há um nó travando a garganta

e há uma certa sinfonia no silêncio

Permita que eu volte meu rosto

para um mundo paralelo á este

onde tu'alma encontra a minha

e apenas nele é lícito te amar

Sol Lopes

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Uma singela inspiração no poema "Serenata" da doce Cecília Meireles

Sol Lopes
Enviado por Sol Lopes em 14/05/2013
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