ADORMECEM
Quando se retira o sol,
cerro os olhos para o descanso.
O que ficou é o que importa e
nada, pois, resta ou perdura,
senão o belo da voz inesquecível,
o brilho dos olhos,
as palavras, o encantamento.
Adormecem comigo
as mãos que as minhas seguraram,
leves toques, afagos endereçados
e aquilo que marcou
do que de mais lindo houve
à luz do dia, recolho-me.
Anoiteço.