SONHO DO COLIBRI
nesta casa feita das pedras brilhantes
dos meus olhos encantados
pelo amor que lhe sinto desde antes
e que muito depois que me for
permanece como o cio do luar
festejando sua dança
de louco deleite
quando a esperança
é o anjo de um sexo de cavalos
disparados na fome do motor
pelas estradas de atalhos
que levam aos castelos
aonde o amor é o desafio
e cada espelho
exibe uma nudez uivada nas velas
das vidas que a você entreguei
porque só na sua carne primaveras
rosnam arbitrariedades cúmplices
da rosa violada na doçura do jardim
quando o violão fecundante
é o sonho do colibri