Bálsamo da Paixão

Baluarte de minha instância.

Segredos e sonhos guardados.

De minha triste e amarga infância.

Sofrimento de minha alma desvairada.

Adelantado de meu amor.

Embriagado no sangue escopo

Sois escravo da paixão.

Da dor que brota nos corações apaixonados.

Sóis sangue que jorra de minhas lágrimas.

A ti amar e desejar jovem humilde idolatráda.

Jóia límpida inocente e rara.

Pérola encantadora finíssimo como pluma.

A correr pelos campos arenosos e perfumados.

Bálsamo de minha Paixão.

Pétalas de rosas a inalar o sopro.

Inerente da carne amarranhada dilacerada.

Afago sincero de minha arte divina.

A contemplar minha sétima arte divina.

O doce sonho de meu viver.

A esnobarte de minha dor.

Elo que uni dois corações apaixonados.

A lutar com fogos e armas da paixão.

Doce ecanto de minha obra.

És clemente, copiosa e formosa.

Amante do céus, enamorada da lua.

A seduzir com seus belos olhos de mel.

A dominar o elo de meu eu.

Teus lábios doces sulcos.

Que envolve meu anseio e prazer.

O cenário da obra artística.

Do bálsamo de meu ser.

A viver e sofrer este amor ferido idolatrado e corrompido.

Memórias e lembranças somente deixei.

Lembranças e apegos no meu subconciente somente deixei.

Douglas Paiva