Último sopro de vida

Afaga o tom da minha fala

não tenho mais nada a perder

não tenho mais vida

apenas palavras queridas

que se esvanecem na memoria

afaga o tom da minha fala

Quanta fome nesta negra escuridão

tão estranhamente até o vento cala

na influencia distorcida da opala

imensa e dolorida dor da solidão

A lua tão pálida e triste se esconde

nas esquinas, avenidas e bares.

grito louco rouco ouve não responde

eu procuro paz em todos os lugares

Tantas são as táteis trevas tensas

todas tentam tolher os meus sentidos

tétricas de doer até aos ouvidos

templos tolos feito são todos pensamentos

E palavras distorcidas

tremulas e comovidas

em apenas um instante

ainda um sopro de vida

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 12/05/2013
Código do texto: T4286968
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