Leite com chocolate
Que mistura perfeita que cor mais bonita
A bebida que excita e aquece a vida
Leite é a brancura da lua
Que Faz nossas sombras idênticas
Perante a lente dos olhos
Diante da noite que deita
Prateia o cabelo magenta os sonhos
Sutilmente faz renascer açucena
Uma flor morena dama da noite
Conquista do mago veterano boêmio
Faz dos raios dourados poemas
Do alvorecer seus dilemas
Qual será a cor de açucena?
Que faz o dia ser branco de amor
E triste a noite se enegrecer só de dor
Suave é a candura do amor
Que enobrece sem nunca ver cor
Seja floco de neve ou algodão
Se o alimento for arroz ou feijão
Seja o vinho branco ou tinto
Seja o licor absinto ou cacau
Com amor tudo é sempre normal
Importante é suor e sal
Pra ser uma linda aventura
Cores em grãos galopante paixão
Colorindo telas centelhando janelas
Empoeiradas de estrelas
Espelhando reflexos em doçura
Que vem do coração sem negrura
Na brandura das sombras
Refletidas com nitidez
Sem branco e sem preto
Amor se fez
Igualando os opostos sem vínculos
Inebriando os sentidos revelando
Em preto e branco se mostrando
Na praia ou no campo sonhando
Assim é o amor colorido e incolor
Dolorido ou indolor
Saboroso como chocolate
Bonito como avelã, vermelho como romã
Tentador como a maçã colorido como as flores
Alvo como os lírios ou quem sabe outra cor
Mas viçoso é o licor delicioso é o sabor
Que torna sedoso intensificando a cor
Sem escuridão... Alva é a alma
Negra é a palma... Que julga a cor
Esquecendo que o amor
É transparente sem tirar nem por
Colorido em ser preto e branco