Tempo para amar
Há um rio de fogo em meu olhar
Ao lembrar-me das pétalas espalhadas pelo ar.
São flores colhidas antes do alvorecer,
E se transformam em pequenas lágrimas,
De despedidas do meu olhar.
E nessa solidão que invade mi’ alma
Infinitamente “bela”, bebo o fel do abandono,
Ao me entregar por inteira nos braços de um amor cigano.
Imortalizo meu olhar na multidão a te procurar...
Quantos amores há ainda, que reverenciar...
A cada manhã cinzenta,
O teu sorriso me persegue.
A vida é breve,
Breve como o voo do condor,
A cruzar o céu azul como a rir-se do meu amor...
E a um só tempo a passadas largas,
Eis que se pronuncia o meu contentamento,
A emoção de andar contigo em uma estrada furtiva,
A procura de um lugar em que se possa fazer,
A emoção do nosso amor em um momento renascer.