SEM REFÚGIO.
I
Procurei me refugiar de você
No sereno verde do mar,
Mas com sua inigualável beleza
Lembrei-me de teus olhos a brilhar...
II
Procurei meu refúgio nos jardins floridos,
Mas com tantas margaridas de tons amarelos,
Lembrei-me de seus cabelos dourados,
Livremente embalados pela brisa a soprar...
III
Desesperado refugiei-me no sabor das doces frutas
Mas, o vermelho da maçã lembrou-me teus lábios,
Seu doce sabor, lembrou-me do mel de seus beijos
E ainda mais vivo ficou o pecado, os desejos.
IV
Fechei os olhos, angustiado, procurei esse refúgio
No perfume das selvagens florestas
Mas como?.. se essa essência lembrou-me
O perfume natural de seu corpo escultural...
V
Assim, depois de tantas tentativas,
Descobri que você esta presente em toda minha vida,
Que é parte alegre e viva da minha existência,
Só restou-me então voltar e dizer te amo.
Ronaldinhho – Uberlândia/MG – 12/06/1984 -