Um grande Amor
Quero que o tempo pare, no decorrer destas linhas
E tudo em você se cale, para teu calvário
Tuas mãos cheiram a alho quando estás na cozinha
Fazendo ovos mexidos com garfos e facas do armário
Que abre sozinho
Para no tempo estranha sentida comendo doce de banana
Fria gelada fica olhando a tevê estatelada sem se mexer
Entre estas coisas sem nexo sem sexo um suplicio
Pegaram-na a força levaram-na ao hospício
Acabou-se tudo, o mundo já não é o mesmo
Disse que um percevejo tinha virado prego
Inventava carteado para cego, como era cego?
Teu ego saltava, não quero mais eu te carrego
Depois de tudo eu fico sozinho
Foi apenas a dor de uma saudade, que passou,
Que morreu
E agora há quem diga que não era tão sadia
Mas que o louco sou eu
?