A SUBLIME ARTE DO AMOR

À Dona, às donas do meu coração, de ontem, de hoje, de amanhã, desde que se sintam merecedoras de tal

A SUBLIME ARTE DO AMOR

Com a seda dos casulos das mais sublimes Borboletas

Anjos tecem no espaço que há entre nós algo que me completa

Fazem-no com todo o carinho, com todo o seu infinito ardor

Fazem

A sublime arte do amor

Mergulhados num oceano de afectos que os mergulha por sua vez neles

Neles está sempre a mergulhar, escrevendo na água o supremo mandamento do amar

E eu abro os olhos de repente

Será um sonho, será um presente?

De Morfeu que me pôs assim a imaginar mundos de carinhos

Onde eu gostava de estar

Será um sonho?

Pergunto de novo

Às Tágides do meu rio apaixonado

Será um sonho estar por vós enamorado?

Porque sinto essa arte em mim

Embora ela tantas e tantas vezes me coloque de parte

Embora sinta os seus braços à minha volta, acariciando-me infinitamente

Num doce tempo passado e futuro que hoje gostava que fosse presente

Estou e não estou apaixonado

Respiro e não respiro

Estás e não estás a meu lado

Será um sonho?

Volto eu a indagar

Quem de mim se aproxima

Quem eu deixo aproximar

Porque bem à minha estranha maneira

Em coisas que vou fazendo

Em mil e um poemas que te vou escrevendo

Trilho essa estrada da imensidão

Que é o amor que tanto me dá, como me esvai a razão

E eu penso e sinto

Como se fosse a primeira vez

Que saiu do meu berço e me atrevo a por de pé

Para te melhor ver

Te melhor sentir

És o pólo magnético da minha bússola dalma

Sem o qual não sei para onde ir

Será um sonho?

Ser artífice da arte do amar

Que transborda de todo o meu imenso ser

Que até se nota na minha forma de estar

Pois amo, intensamente, amo como sempre amei sem esperança

Mas com uma fé ardente

Pois sempre amei sem nunca ver um eco semelhante

E cada vez que amo nada será como dantes

Pois com o amor

Me sinto maior

Com o amor nunca paro de sonhar

Pelas Planícies da Imensidão

À qual acedo pela Estrada que leva ao Infinito

Será realidade

Ou apenas mais um mito?

A sublime arte do amor