LEMBRA-SE?


Como esquecer as discretas carícias
No escurinho da sala em que ficamos na primeira noite?
Pensamento voava no amor esperança
Sem comentário, pois fui eu que convidei.

Podemos lembrar-nos da chegada compenetrada.
Vistoriando tudo parecendo gostar do cantinho.
Beijos, abraços com receio do que pudesse acontecer,
Responsabilidade assumida de cara lavada
Impetuosamente desdobra-se em afagos.

Lembra-se? As horas passavam os ponteiros
Não mais girava, o sono chegava dominando
Ambos relaxados largados suados deliciosamente
No íntimo mais sagrado do ser.

Voltava vontade de começar de novo.
Quanta energia guardada para essa hora.
Mais uma lua chegava e outra saia.
Amar é assim, entrega doação, compreensão.

Lembra-se? Não, não acredito no esquecimento,
De uma vez que, quando se fala em algo, se desdobra
Em sorrisos do que aconteceu e alguém continua
Demonstrando o que um dia aprendeu.



Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 07/05/2013
Reeditado em 09/05/2013
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