O Poema e o Farol

Sob o céu

A lua branca em fase nova,

Sobre a face o brilho marejado

Da lágrima traçando em detalhes

Mais um anoitecer, pele nostalgia!

Da janela a brisa dos grilos

Oferece-se em milagres, redenção luz pranto

Pelo lamento incontido, canfora açafrão

Verte das mãos, sintonia corpo solitude!

Em silêncios lábio melodia

Canção de amor... Há plenitude na penumbra

Movendo-se em sombras dançantes, beleza,

Imo ao transcendental, tudo divaga pelo peito!

Enfim, pétalas ganharam asas

Foram-se pelas calçadas dourando passeios,

Levando o outono à paixão do olhar!

Calada seja a noite de joias e rubis

Mesclando horizontes, revivendo nascentes,

Renascendo em reflexos, parábolas ocasião!

Nua etérea madrugada,

Caminhante dos verbos em versos afins

Num lugar ao sol, uno crepúsculo ilusão

Pelos semitons da poesia descrita pelo farol

Guiando o poema faroleiro!

06/05/2013

Porto Alegre - RS