Porque afinal eu te amo
Porque afinal eu te amo
O vento afastou as cortinas da janela e entrou,
muito mais intimo trouxe um excesso de dourado,
lá no fundo estavas tu, o corpo magnífico deitado,
respiração tensa e sem pudor, sobre a cama reclinado.
Entro devagar pairando tal qual nuvem, teu olhar muito belo,
diferente na sua força, muito mais que tudo, transparente.
Uma vida inteira a me amar, por onde o vento passou, parou,
e ficou aprisionado no sonho, na ternura que vê e sente.
Canto, dança, música, música, música a preencher o ar,
meu cabelo enfeitado de flores, na boca um exultante
sorriso, meu corpo em fogo, desfaço-me ao te beijar.
Olho-te pelo espelho, teu reflexo me sorri, e a madrugada voa,
o meu amor, é precipício aberto, paixão fremente, louca,
ah! Eu sinto, mas não consigo transmitir, descrever,
o frescor doce suave, da sua boca.
Lakshmi
(L.T.)