Não eu

Tu amas a alguém,

e eu só tenho amor.

Daria-te todo o meu eu,

com defeitos e cortesias,

com paixões e erros.

Fantasias e realidades.

Tudo.

Mas tu, tu amas a alguém.

Eu sei que não deveria dizer.

Eu sei que não devo sequer pensar.

Mas tolo que sou, penso.

Insano, quero. (e digo)

Sem promessas e sem restrições.

Sou livre e por isso espero.

Nada mais.

Pois tu, tu amas a alguém.

Eu te daria um pouco do que eu quero.

Só metade. Verdade.

A outra metade eu deixava pra viver contigo.

Colo, carinho, compreensão. Cumplicidade.

Coisas com critérios claros.

Coisas de coração.

Seria teu confidente fiel, teu melhor aconchego.

Seria a tua mais plena convicção de ser amada.

Jamais, mesmo sendo frase feita, verias coisa igual.

Um sorriso, um leve sorriso. Nem isso.

Porque tu, tu amas a alguém.

Eu vivo aqui no canto, esperando não sei o quê.

Querendo não sei o quê.

Pedindo nem sei porquê.

Tolo. Pois tu amas a alguém.

De esperanças constrói-se uma vida.

Não a tenho. Mas não abro mão. Não desisto.

No mundo que é meu tu entras sem pedir licença.

És amada (e cuidada) como nunca imaginou.

Nos devaneios de um romântico perene.

Mas tu, tu amas a alguém.

VALBER DINIZ
Enviado por VALBER DINIZ em 05/05/2013
Código do texto: T4275070
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