Odeio-te por conheceres minhas fraquezas
e incitares minhas pétalas ao teu íntimo desejo
Odeio-te por saberes dos meus medos,e incitares minhas pétalas ao teu íntimo desejo
por serpenteares meus cabelos,
ateando-me tuas ardências sem mesuras
Odeio quando me provocas
e fazes com que meus joelhos sufoquem
e se dobrem aos teus desígnios
- Odeio quando te fazes deus em mim ! -
e me adornas... e me prendes...e me levantas às paredes dos teus quereres
Odeio quando te fazes horizonte
e pintas em meus olhos lembranças de nós dois
Odeio quando logo depois te fazes gélido inverno,
poema diáfano,
poema diáfano,
e me forças novamente a tudo esquecer
Odeio quando não sei o que dizerporque tua presença me emudece...
Odeio quando te fazes oceano de distância
e toda essa ânsia me violenta a garganta !
... e salivo-te... e sinto-me em ti...
e vejo-te em mim, preenchendo meus espaços,
laços dourados iluminando o que a castidade escurece
e vejo-te em mim, preenchendo meus espaços,
laços dourados iluminando o que a castidade escurece
Odeio quando me ensurdeces pro mundo !
... Odeio-te por não teres feito aquele jantar,
com frutas de entrada e mousse na sobremesa,
por não teres me amado loucamente sobre a mesa
e então teres me oferecido o teu peito pra descansar
Ahh... Odeio-te por teres conseguido me encantar !com frutas de entrada e mousse na sobremesa,
por não teres me amado loucamente sobre a mesa
e então teres me oferecido o teu peito pra descansar
Por saberes como gosto de amar !
Odeio-te principalmente porque depois de tudo,
o que odeio no fundo,
é não saber nem por um segundo, saber te odiar !
o que odeio no fundo,
é não saber nem por um segundo, saber te odiar !
Ao som de:
Denise Matos
(Imagem - Dário Ortiz Robledo)