Eu e tu...
XXIX
A minha transparência te pesa e
isso o torna ainda mais cômico;
meu mundo de romances ressalva
tua expressão perdida, nada te protege
tuas mentiras.
Ah, criatura de deus, não me amole
tanto que já amanhece.
Não estranhe tanto, se eu mesma me desconheço.
Meu gênio ruim te excita,
minha generosidade te insulta.
Deixa teu amor de lado, dorido
que amanhã engravido menos.
Ah, se já não somos igualmente sujeitos a deriva
a arte se alimenta de ruínas, e nós,
nos alimentamos de que?