FANTASIAS
Por que quando muita só penitencio-me, sempre,
Por externar meus sentimentos tão abertamente,
Por desejar, sinceramente, sua presença junto de mim,
Reflito, não há porque, pondero, ou talvez sim, muitos porquês,
O porquê dos desejos,
O porquê dos abraços,
O porquê dos beijos,
O porquê das emoções,
Inevitáveis, quando totalmente possuídos pelo querer,
Para os racionais, que dizem planejar o sentir, talvez não,
Mas para os sonhadores, tolos, que vivem da e com a emoção,
Que permitem que a sensibilidade conduza suas ações e desejos,
Claramente que não, impulsivos entregam-se e doam-se com prazer,
O prazer dos momentos, mesmos que pequenos, os satisfazem,
Escrevem nas poesias e nas páginas dos romances, seus sonhos,
Quase nunca realizados, apenas vividos nos sonhos, intermináveis,
Saindo da reflexão, volto ao questionamento, sempre tão intenso,
E concluo, comigo mesma, viva e deixe acontecer todo prazer,
Que traz as surpresas delicadas, vividas pelos jovens, tão criativas,
Que faz o dia acontecer inteiro, com mais alegria, serenidade e paz,
Com a lembrança prazerosa, dos caminhos trilhados ardilosamente,
Permitindo acontecer encontros com sensações e trocas silenciosas,
Que preenchem toda falta do contato, em profundo abraço mental,
Respondendo a minha lista de porquês, pergunto-me, para que?
Se houvessem o preenchimento dos porquês, continuaria o querer?
E em questionamentos e sonhos, permaneço na fantasia.