Raro Amor Que Se Perde Entre Os Dedos

Cada dia que houver um dia

Lhe trarei flores, lhe darei bom dia

Terei saúde em dores, criarei a nova cria

Te amarei por amores de extrema fidalguia.

Sou o compasso incerto, o futuro mais perto

O frio que não dói, o beijo que corrói

Sou o peito aberto, do solo ao teto

O amor que constrói, ao passo que destrói.

Sou a rotina, a roda viva da vida

Os golpes ainda em ferida

Que sobrevive a infinita despedida

De inimiga amiga.

Deveras ser o bem-querer

Mas aos teus olhos nada podes ver

Planta que nasce e morre sem ter

Flores e frutos assaz démodé.

Era vulcão em erupção:

Encantar, desencantar, se suportar.

Era razão em emoção:

Amar, demolhar, andar.

A cada dia mais notícias:

Nos jornais, na TV, nas revistas

Nas cidades, parabólicas, palavristas

O amor de ar altruísta, egoísta.

Seu olhar era desejo que negava o ensejo

Que pedia um beijo através de desprezo

Apertando a mão, me perdeu entre os dedos

Ao ver no amor as notícias, revelando os segredos.

Eu que sentia tudo quando te via...

Não sinto mais nada, quiçá um bom dia.

Albenizio Júnior
Enviado por Albenizio Júnior em 30/04/2013
Código do texto: T4266419
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