pena de poesia

acorda-me, todas as noites,

com farol forçando os olhos

como tortura de inquisição

ricocheteando quem não

faz oração

sem absolvição pros

pensamentos, mutila

(me) com palavras.

curvo-me servil

peço clemência

com pulsos estendidos

e sigo covardemente

sob olhar vigilante

do carcereiro.

com os ombros curvos

subo o cadafalso

e entrego a cabeça

ao carrasco

MarySSantos
Enviado por MarySSantos em 29/04/2013
Código do texto: T4265658
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