Em Verso e Prosa

Já escureceu,

O céu bordou-se em diamantes,

Pela sacada a brisa adentra perfumando,

Embriagando, acolhendo o pranto,

Trazendo a voz que te conduz... Estro!

Ah, poesia!

Incontido, colo presente, madrigal,

Dos casarões iluminados, viela outonal

Por d’onde passou, revelou-se em prosa,

Em verso docente, velas para o amor

Pétalas para fragrância, intuição!

Oh, majestade, ó, a escrita!

Ensejo, de pronto desejo, maestria

Pelo casulo aberto, das notas voadoras

O ocaso, a melodia em sua infinda solidão,

Da dor a palavra coesa sobre a folha

O grito retido, plantando sonhos, ilusão!

Ah, semeador de letras, oh, escriba!

Luar, deste sempre, sina poética

Verdejante monte o das oliveiras... Amém!

Do som agudo os cantadores de vento

Nutrem a alma quebrando o brando do silente,

Roda rodopia borboleta do etéreo sentir,

Sob a flor és princesa, quimera sobre a mesa,

Pena tinteiro lábio carmim, amor, sedução!

Oh, Menestrel,

Oh, o amor!

28/04/2013

Porto Alegre - RS